RESUMO
Novos e velhos desafios da permanência estudantil vêm sendo mapeados e discutidos nos últimos anos. Este trabalho parte dos desafios vivenciados no período da pandemia e como essa circunstância pressionou as instituições tanto para incluir como para ampliar em suas agendas administrativas ações diretas que levassem em consideração as diversas dimensões da permanência, isto é, aspectos materiais, simbólicos e pedagógicos. Nosso objetivo é trazer subsídios ao debate sobre responsabilidade institucional no âmbito da permanência no ensino superior com elementos que consideram o papel privilegiado de gestores e docentes nas trajetórias de estudantes com dificuldades acadêmicas. Destacamos a experiência da Escola Politécnica da UFRJ, bem como suas demandas e desafios de ordem pedagógica. Privilegiamos, dessa forma, o recorte que trata da dimensão pedagógica da permanência estudantil em cursos das áreas de ciências exatas. Os dados utilizados foram obtidos através de revisão bibliográfica sobre permanência na universidade, apoio acadêmico/pedagógico, incluindo os cursos de exatas e ações de permanência na pandemia, pesquisa em sites de notícias e institucionais (UFRJ), considerando os itens citados, e dados de pesquisas realizadas pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação Superior – LEPES. De forma geral, identificamos poucos avanços em relação às discussões sobre a superação de dificuldades acadêmicas, principalmente, nos anos iniciais da graduação da Escola de Engenharia da UFRJ. No entanto, as percepções referentes ao papel de gestores e docentes em relação às dificuldades acadêmicas têm sido ampliadas e ressignificadas através de novas questões e pressões advindas da crescente demanda dos estudantes.
Palavras-chave: permanência, ensino superior, apoio pedagógico, UFRJ, pandemia.